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Snyder Cut | Essa não é uma crítica açucarada

Atualizado: 19 de mar. de 2021

A ideia aqui não é fazer uma “crítica açucarada” do filme, mesmo porque não sou crítico de cinema, longe disso, sou apenas um fã que deseja dividir com vocês as minhas impressões SEM SPOILER sobre a Liga da Justiça de Zack Snyder.

Esse filme surge como a realização de um sonho pra muita gente, fruto de uma ampla campanha feita na internet, onde fãs incomodados com o filme lançado em 2017 pelo Joss Whedon (aquela bomba), do qual eu Zack Snyder saiu no meio do projeto, clamavam por uma versão com a visão de Snyder na íntegra, o filme ficou popularmente conhecido como Snyder Cut, bom, vamos lá... Tecnicamente o filme é parte novo corte e parte um novo filme, agora temos um filme contado em sete atos que se assemelha ao formato de temporada em uma série de tv, cada um desses atos, a maioria desses trata-se de um novo corte da história antiga de 2017, mas com a visão uma nova visão estética que Snyder emprega ao filme.


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Temos então dois atos que são importantíssimos e um epilogo que funciona como algo completamente novo no filme, onde estão as cenas que foram gravadas exclusivas para essa nova versão do filme, que obrigará a DC Comics pensar bastante sobre o rumo das suas adaptações de quadrinhos para o cinema daqui por diante.


Diferente do que foi feito com Batman vs Superman, que a versão estendida não muda a história, em Liga da Justiça de Snyder pode sim ser visto como um novo filme, por conta de dois rumos narrativos que são pouco diferentes do filme original, mas tem “problemas” que vimos em 2017, se repetem aqui, como a história inflada por conta da falta de contexto, já que faltou um projeto cinematográfico mais amplo, que preparasse esse grande crossover dos maiores heróis da Terra num só filme.


É inevitável que ao terminar de ver o filme a gente se pergunte: “e se os filmes solo do Cyborg (que alias, efeitos visuais nota 10) e do Flash tivessem acontecido antes de Liga da Justiça?” uma vez que isso sem dúvida mudaria tudo... O filme se esforça demais em apresentar todo o sacrifício e as dores do Cyborg, a ideia é fazer que essa personagem ganhe peso nas grandes decisões da trama, o filme fica encarregado de “apresenta-lo” pra depois criar os laços para coloca-los dentro do contexto os colocando na Liga da Justiça, sabe? Agora a pergunta que eu faço é, essa foi uma decisão justa e acertada para que a grande trama do filme aconteça ou uma tentativa desesperada da DC em corrigir o projeto para o qual eles não se organizaram tão bem como poderiam?


Mas o lance é que o filme faz sentido, a fotografia é de tirar o folego, os planos tem muito mais respiro, deixando o filme mais épico, o formato 4/3 que Snyder emprega no filme, salvou cenas que antes dava uma certa agonia na gente, escopo muito fechado, com muita velocidade e uma infinidade de cortes, agora não... O filme está bem mais coeso, mas não é nada econômico, algumas vezes o mesmo assunto foi abordado muitas vezes pra ficar claro na história... O Cyborg mesmo, que tem muito mais destaque agora, precisou ficar repetindo o mesmo assunto da origem pra que o publico possa entender todo o peso da sua origem...


Bom, trata-se de uma história de fim do mundo, e aquela visão pessimista de Zack Snyder esta bem presente no filme, e a mão do diretor pesou neste sentido... Snyder se preocupou demais com essa estética no filme, a quem diga que é um certo egocentrismo estético, bem... Eu curto o trabalho do Snyder neste sentido, mas entendo que se incomode com isso.


A trilha sonora fica devendo um pouco, pois a trilha de 2017 parece não encaixar nesta versão, mas não traz grande prejuízo pro filme não.


Quanto ao epilogo, poxa vida... Muito inteligente como é, Snyder colocou a Warner em xeque-mate, eles serão obrigados a decidir entre três possíveis caminhos para suas adaptações dos quadrinhos da DC para o cinema, o primeiro deles passa por criar um Snyderverse, poderão ainda, devolver o Universo Cinematográfico da DC nas mãos do cara ou simplesmente, não tocar mais no assunto, ok Snyder, obrigado mas isso acaba aqui... O que inevitavelmente, pode deixar a coisa com esse “gostinho” amargo de serie de TV cancelada após sua primeira temporada, sabe?


O final ficou muito bacana, épico, e de quebra, colocou a Warner na parede e agora? O que faremos??? Poxa vida, não poderíamos esperar menos que isso, afinal Snyder teve a maior sala de roteiristas da história do cinema e organizou, que já insiste num novo projeto... Mas os conflitos continuam!


Zack Snyder tem um olhar estético muito especial, para delírio dos fãs e para o deleite de seus críticos, mas ninguém pode negar, que o filme é fan service do começo ao fim, são grandes cenas, grande fotografia (o filme inteiro parece feito por posters), uma atrás da outra, o filme realmente ficou lindo... Poxa, eu sou “fã e quero service” né?


Simm temos um Superman com seu clássico uniforme preto (black suit) após sua ressurreição, ele surge “full pistola” em algumas cenas onde a “visão de calor” come solta, temos super sopro congelante e mais, só não temos o Superman dos outros filmes, ele mal lembra a personagem pela qual nos apaixonamos em Superman MOS, parece um pouco mais vazio e sem profundidade, mas valeu pela correção do CGI e todas as cenas em que ele aparece quebrando tudo!


A Mulher Maravilha esta incrível, sem duvida a melhor personagem em cena, a visão de Zack Snyder para a princesa Amazona é mesmo de tirar o folego, porradeira ela emana um "poder" que não vemos nos outros personagens, ela esta incrível!!!


Sobre o vilão, sim... O Lobo da Estepe aqui realmente tem uma grande motivação, seu visual é infinitamente superior à versão de 2017, realmente mais ameaçador, sua armadura é um espetáculo à parte, ele estava grandioso nas cenas “mutiladas” por Joss Whedon, da batalha com as Amazonas, o que dizer daquilo? A cena é toda linda, épico é pouco.

A presença de Darkseid com seu raio ômega e tudo, à procura de sua equação anti-vida, DeSaad e todo o reino de Apokolips no filme, tem um sabor todo especial, e deixa no ar a ameaça de uma futura invasão à Terra, intensões de Darkseid.


As gratas surpresas ficam por conta de participações muito interessantes de grandes ícones do universo DC, que não haviam sido citados na versão de 2017, mas deixa aquele gostinho de quero mais, já que o filme trata de descartá-los logo de cara... Não quero dar spoiler aqui, mas o que foi aquela aparição final? Para mim foi mais que morno e pouco explorado... Uma personagem com esse peso e tantos poderes, deixado de fora da batalha que poderia ter custado o fim do mundo, se não fosse pelo Flash, não entendi essa escolha de roteiro... Uma personagem que bem poderia fazer toda a diferença no campo de batalha, se resumir como alguém preocupado com que Lois Lane voltasse à ativa (o mundo precisa dela), humm... Ok, mas...


Agora é aguardar pra ver o que a Warner deve fazer com os ganchos deixados por Zack Snyder, eu particularmente acredito que tudo vai depender da reação e das respostas do público.


Já alugou o Snyder Cut da Liga da Justiça? Então corre, aluga que você vai curtir, e se quiser discutir o filme mais abertamente, sem se preocupar com spoilers na sequencia, pode chamar inbox que a gente conversa mais e discute os pontos que destacamos aqui e outros!


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